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sexta-feira, 26 de março de 2021

 Mãos de Deus 


O sofrimento tem nome 

A dor, a desesperança, a fome 


O sofrimento não tem voz 

Sente- se mudo, está na pior 


O sofrimento está em toda parte 

Na rua, em casa, no vizinho do lado


Cada um sofre de um jeito 

Uns sofrem calados 

Outros externam e espalham 


Há sofrimentos ocultos 

Por trás das vidraças 

Atrás dos muros 


O sofrimento dói e machuca demais 

Às vezes não alivia o coração 

E ainda faz doer mais...


Surgem então mãos corajosas 

Pessoas de todas as idades 

Mãos caridosas


Esse sofrimento pode amenizar 

Quando elas se reúnem 

E num ato sublime, se propõe a ajudar 


Surgem de tempos em tempos 

A cobrir todos os lamentos

São mãos de Deus a acarinhar 


Nina Lisboa


sábado, 20 de março de 2021

quarta-feira, 17 de março de 2021

 Esperança 


Não podemos perder a fé 

Vendo tudo esmaecer 

Sigamos nosso compromisso 

No propósito do bem viver 


Continuemos nossa marcha 

Sem titubeios, nem vacilaçőes 

O compromisso é nosso

Ajudemos outros irmãos!


Muitas dores e sofrimentos sem fim

Dores incalculáveis 

Tenhamos sempre o olhar compassivo 

Frente aos sofrimentos incontáveis 


Que sejamos luz onde formos

Sem que tenhamos medo 

Que sejamos sempre a esperança 

Ponte e recomeço 


 Nina Lisboa


domingo, 28 de fevereiro de 2021

 Preâmbulo


Ainda vivo de sonhos

Fato inegável e inquestionável

Todo poeta assim funciona

Vários auto retratos


Dia após dia

Sol, alvorada, anoitecer

Aqui estou eu meu bem

Na minha janela 

Esperando meu amanhecer


E de sonho em sonho

Tristeza, felicidade, decepção, amor e razão

Vejo que tudo se encerra

Concentra- se por fora e volta em mim


Sou um ser que sente

Que a vida é para ser vivida e não somente ao sabor das águas


Meu barquinho navega agora em águas calmas

Acompanha-me nessa viagem?


Nina Lisboa

 Pestalozzi


Nascido na Suíça no século dezoito, órfão de pai

Passou muito cedo por inúmeras privações e desgostos

Possuía uma família unida

Sua mãe, seu avô e a governanta

Que o orientaram de forma tão lúcida e precisa


Influenciado por Rosseau, do qual foi seu sucessor

Escreve "Diário de um pai", uma das primeiras obras em que mostra seu caráter pedagógico, e o que viria depois, desse renomado educador


Jovem ainda, abriu uma escola agrícola, onde as crianças aprendiam tecelagem

E lá também trabalhavam, aprendiam a ler e a contar

Elas, enfim tão sozinhas, já possuíam um lar!


Muito tempo fez de sua casa uma escola

Reuniu crianças num convento abandonado

Educou-as como um homem sensato, honesto e honrado


Mesmo quando seus esforços foram perdidos, mesmo assim não desistia

Quando um francês lhe tirou o sonho, 

e as crianças viram - se ao abandono


Para aqueles que creem num ideal, nada abala a fé, a convicção

Assim fez Pestalozzi, que continuou sua missão


Em 1799, obteve permissão para manter uma escola, embora deputado em Paris,

continuou seu legado

Preocupou-se com a educação primária, o ensino integral e os órfãos renegados


Teve como discípulos Kardec e Froebel, que levaram adiante ensinos tão profundos e defensores de uma pedagogia do amor, do aprendizado em seu tríplice aspecto: intelectual, físico e moral


Seu método era o da intuição, da autonomia e iniciativa

"Cabeça, coração e mão", eis uns de seus princípios


O que ele nos deixou é de extrema importância para a educação atual

Sua base serviu para outras teorias

Suas ideias continuam vivas na mente e no coração dos que acreditam


Obrigada, Pestalozzi, pelo seu exemplo de vida!


Nina Lisboa

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

 Ė hora de vestirmos nossas túnicas 

E calçarmos nossas sandálias de Francisco 

É hora de agirmos conforme o Cristo!


Arregaçarmos nossas mangas

Indo ao trabalho sem descanso 


Humildade de coração 

Acolhendo cada irmão 

Sem preconceito, sem julgamentos 

Doando nosso melhor sentimento! 


Longe estamos sim.

Mas o ideal de amor, esse sim, não terá fim...


Vamos semear sementes de esperança 

E na vida sermos como crianças 


Que a candeia seja acesa em cada lar 

Ofertada com carinho pelos amigos espirituais


Uma Luz agora pequena chegará 

E com o amor de cada um de vocês, se espalharå! 


Toda luta tem suor, trabalho e sacrifício

Vamos calçar as sandálias de Francisco!


Nina Lisboa


Poesia inspirada no trabalho da COMEERJ  - Confraternização das Mocidades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro


terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

 Eu vi as nuvens formarem um desenho lindo

Vi gaivotas, passarinhos


Vi a natureza em total refúgio

Vi o sossego em meio ao caos do mundo


Vi a brisa refrescante 

Uma paisagem exuberante


Um arco íris abrilhantou meu dia

Refazendo me das angústias da vida...


Um passarinho preguiçoso

Olhou me de rabo de olho


Um beija flor veio de longe

Brindou a flor, depois perdeu-se no horizonte...


Eu vi as nuvens formarem um desenho lindo...

Que até um dos maiores poetas, fica tímido


Vi as estrelas, o céu e o luar

Tudo tão perfeito

Nem quis acordar...


Nina Lisboa


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

 Metade


Não gosto de pessoas que não demonstram seus sentimentos


Que ficam em cima do muro

Que não procuram viver o que há de melhor

Que não se soltam


Se eu amo,amo

Se eu não amo, desamo

Sem meios amores

Sem meias ilusões 

Não é isso que importa ?


A felicidade consiste em ser vc mesmo 

Sem dramas 

Sem regras 

Pra quê viver numa camisa de força e sentir se preso, não livre

Quero amar essa liberdade de amar!


Deixe me amar assim

O que tem de mais em amar até cansar?

Não quero amar um amor pela metade 

Quero inteiro

Quero um amor daqueles que chegam e cumprem o que prometem

Um amor perfeito?


Vou deixar que o amor venha aplacar minhas noites de angústia e insanidade 

Anseio um amor de verdade 

Desses que a gente não quer largar jamais e que não seja metade


Nina Lisboa

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

 Gaivota


Que belo voo esse céu comporta 

Parece distraída 

Num rasante, de relance 

Um peixe na sua barriga! 


Todo frescor do vento em seu corpo 

Para quê descer?  

Se de cima ela enxerga tudo com muito prazer 


Pousa na água costumeira 

Não chega na beira

Fica tranquila a planar

Em instantes,  migra para outro lugar


Seu bonito voo dá gosto de ver

Em parceria com o sol 

Oferece o espetáculo perfeito 

De mãos dadas com o alvorecer 


Nina Lisboa



terça-feira, 19 de janeiro de 2021

 Dia histórico 


O dia chegou!

O dia histórico chegou!


Parabéns para a ciência! 

Para a medicina! 

O dia histórico chegou!

Bem-vinda, vacina!


Quantos angustiosos a aguardavam 

Enfermeiros, médicos trabalhavam 

Agora, na linha de frente 

Receberão a vacina prioritariamente 


O mundo todo assistia atento 

Dando glórias a esse momento 

Muitos esperançosos 

Outros tristes, choraram seus mortos 


Nunca no mundo algo foi tão discutido 

Aliviando a multidão aflita

Nesse novo ano, algo a mais a se comemorar

Esperança em cada peito a se concretizar 


O vírus serviu de aprendizado e lição 

Que não somos detentores da vida não 

Algo pode abalar nossa estrutura 

Distanciando-nos ou aproximando-nos da cura 


Enquanto a vacina ainda chega por aqui

Façamos de tudo para nos previnir

Máscara, gel, isolamento social

Não nos descuidemos, esse vírus é mortal  


Não é hora de reclamação, mas sim perceber 

Que o momento é de orar e agradecer 

Quanto bem essa vacina trará 

Quantas vidas irá salvar!


A vida é um simples sopro

O amor fraterno, chegará pouco a pouco

Que a vacina também encoraja cada um

A ser a mudança que se quer em 2021


Nina Lisboa


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

domingo, 17 de janeiro de 2021

 Afeições 


Um olhar de desaprovação 

Uma palavra amarga

Frieza no coração 


Quando se quer conquistar 

Angariar afetos, contagiar 

O melhor é ir desarmado 

Calmo e devagar 


Não adianta palavras vazias 

Não basta sermões 

O exemplo arrasta 

Já é passado: "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço" 


Se você não dá o exemplo 

Quer mandar e ser obedecido 

Só vai gerar raiva e ódio

De um amigo torna-se inimigo 


A superioridade é de caráter moral 

Em ser espelho para outro, se humildar 

Não levar aos lábios palavras doces 

Se o interior encontra -se vazio e oco


Ter afeto pelos outros não se vê em manuais 

Não está numa revista ou estampado nos jornais 

Seria bom se encontråssemos em uma esquina ou lêssemos em alguma cartilha 

É algo que vem de dentro 

É luz íntima!


Criar laços, construir afetos 

Baseados no respeito e cordialidade 

É disso que todo mundo precisa 

Muito certa essa premissa!


Agasalhar sentimentos

Ouvir sem censura 

Não condenar, nem julgar 

Quantos afetos irás ganhar!


Como é bom ser querido 

Receber um abraço, ser boa gente 

Não se recebe dinheiro, nem nenhuma recompensa 

No fim das contas: paz na consciência 


Nina Lisboa


quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Já não há mais tempo

 Já não há mais tempo 


Já não há mais tempo 

De ser quem fomos no passado 

Está na hora de revisar o errado 

Vive se o "novo normal"

Momento de ser mais autêntico, natural 


Já não há mais tempo 

Para brigas, quimeras 

Falsas promessas, querelas 

O amor será seu próximo exercício 

Com fé, coragem e uma certa dose de sacrifício 


Já não há mais tempo 

Para as reclamações 

A insensatez, a insatisfação 

A "nova moda" é a solidariedade 

Angariar afetos, suprir os necessitados 


Já não há mais tempo 

De não praticar o amor 

Agora é o tempo 

De vestir a melhor roupa, a túnica nupcial

Ir à uma festa de boas realizações 

Com o olhar sereno perante à vida e flores de gratidão...


Já não há mais tempo 

Para o orgulho, o ódio 

É tempo sim para a empatia

O olhar fraterno, a alegria 


Já não há mais tempo 

Não é exagero 

É um pensamento perfeito 

Quando pensar direito, poderá ser tarde demais...


Então hoje e os próximos anos de sua existência 

Faça de seu tempo seu melhor aliado 

Ame de bom grado 

Mesmo que te digam o contrário...


Vai, faça diferente! 

Saia da mesmice 

Hora de assumir novos papéis 

Reinventar 


Que a vida por ora te espera 

Esse convite virá, esteja certo 

Não demora a aceitar!


Nina Lisboa


domingo, 22 de novembro de 2020

 Calma 


Siga em paz 

Não aturdido jamais

A mansidão acalma e renova 

Amenizando várias provas 


Tem horas que o sentimento explode 

Gera incorformação e revolta 

Respirar fundo e parar

Não deixando a mente escravizar 


Ondas vem e vão 

Trazendo insegurança e irritação 

Mantendo a oração e vigilância 

A ansiedade manterá distância 


Olha em volta, o que tem

Observa dentro de você também 

Conversa e age com calma 

Tudo que é ruim, um dia acaba 


Mantenha a mente focada 

Aprecie uma paisagem bela 

Faça da reflexão sua morada 

A calma irá agir, confia nela!


Siga em paz 

Não aturdido jamais!

Insistindo na fé e confiança 

A ansiedade será assunto de outra instância 


Nina Lisboa


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

 Barquinho de papel 


Tão inocente e ao mesmo tempo destemido

Navega em qualquer correnteza, superando os desafios


Não teme se algo vai estragá lo

Quer navegar em busca de novas águas 


Não se dissolve tão fácil 

Frágil...

 

Não teme o vento 

Busca forças 

Contemplando o firmamento 


Vai meu barquinho!

Navega por aí 

Seu sonho é ver o mar


Sairá triunfante

Segue adiante

Mesmo que caia e não levante mais...


Nina Lisboa