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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O egoísmo




Chaga da humanidade 
Constante em nossos atos em longas eras
Nos tempos imemoriais da Terra
Permanecendo ainda na atualidade 

Arraigado no ser que aflige 
Nos momentos de dor, provas e expiações 
Eis que aflora causando perturbações 
Ensandecendo o a cometer abusos e crimes 

Chega o tempo em que cansado dos mesmos enganos 
O Espírito quer galgar outros planos 
Seu pensamento é o da transformação 

Vencendo as mazelas do egoísmo 
Resplandece do cativeiro ao infinito 
Exercita a caridade com devoção 

Nina Lisboa

Opção pelo amor




A vida transcorre sem problemas 
Não há movimentação sob seus pés 
Um mar de aparente calma se faz 
A mente entende que isso é paz

Ao seu redor, almas em desalinho 
Braços à erguer em completo desatino 
O olhar triste e aturdido 
O que a vida quer te dizer com isso? 

Como a mente pode ficar tranquila 
Se ao mesmo tempo o mundo agita- se?
Inércia não é dever cumprido 
Antes é egoísmo irrefletido 

Sem trabalho vigoroso de suas mãos
Não há conforto ao coração
Sempre fica faltando algo, um sentido 
Quando se distancia da natureza Divina 

A aparente tranquilidade quando não é real 
É como o espelho quebrado 
Só se consegue enxergar por um lado 
Faltando sempre um pedaço 

É hora de seguir em frente
Deixar o passado para trás 
Olhar o futuro 
Sem medo jamais! 

Continue lutando, na alegria ou na dor 
Amanhecendo nova luz todos os dias 
Na trajetória de seus passos 
Jesus espera de boa vontade
Sua opção pelo amor! 

Nina Lisboa

Perdão





Dentro de nós surgem sentimentos 
Que vão nos consumindo com o tempo 
Trazendo pesar, angústia e dor 
Afastando pouco a pouco o amor
Deflagram-se até por descuido 
Uma conversa desfeita, um ciúme 
Um olhar atravessado, uma palavra mal dita 
Vendamos os olhos, fechamos a cortina
Passa-se a vida em função do outro 
A ter raiva, mágoa e desgosto 
A vida vai perdendo o sentido 
Onde o perdão, que agora seria bem-vindo?
Na cegueira de sermos melhores 
O orgulho comumente encobre 
Deixamos passar a oportunidade 
De reconciliação com o adversário
“O que dirão aqueles ao me virem perdoar? 
Vão me julgar, apontar 
Não levo desaforo para casa 
Do jeito que está não pode ficar!"
O perdão que não foi resolvido 
Aqui ou além da vida 
Será um incômodo, um entrave 
Na busca de nossa liberdade
Cada ato, cada gesto 
Será sempre levado a sério 
Há sempre uma cura, um remédio 
Nem tudo está irremediável por completo
Desvencilha-te das amarras, dos melindres 
Das vaidades, dos deslizes 
Somos centelhas Divinas 
A evolução será nosso guia
Para termos a mente tranqüila 
Pensarmos no que dizia o Cristo 
Perdão infinito 
Enquanto estamos a caminho
Nina Lisboa

Sol




Olha o sol atrás do montes!
Observe tão vasto horizonte? 

Olha o sol que hora amanhece, ora está se pondo
Observe o sol que clareia por todos os cantos

Meio que tímido
Às vezes encoberto pelas nuvens, não perde seu brilho

Sol da manhã
Sol da tardinha
Verão ou inverno
Pôr do sol alegra meu dia!

Veja o sol, amarelado, meio alaranjado
Que não se aquieta com o tempo
É o astro rei
Ninguém resiste ao seu encantamento

Olha o sol atrás dos montes!
Persevera, preserva seu essencial
Contemplar seus lindos raios
Faz os dias não serem iguais

Nina Lisboa

Prece




Bênção de luz
Conforto para a alma aflita 
Trazendo alívio e esperança 
Nos embates do dia a dia

Devo orar? diz o homem em todas as épocas
Pra ter paciência?
Aceitar sem murmurar?
O que a vida ainda reserva ?

Uns dizem que a prece não surte efeito
Que não tem jeito, ficando tudo como está 
Deus sendo perfeito, pode mudar a situação 
Algumas leis são irrevogáveis, mas outras não

Não acredite em castigos eternos 
Em pessoas que nunca se arrependerão 
Deus é nosso pai, leva em conta o q se faz
Pedindo ajuda na prece, Ele vai ajudar

Tens um tesouro dentro de si
Uma força inimaginável 
Se usas a favor do bem geral
Colherás amor praticando a caridade 

Seja buscando uma força superior 
No íntimo do ser 
Na igreja, no lar, nos mosteiros 
De olhos fechados ou olhos abertos 
A prece será sempre o roteiro certo 

Mesmo Deus sabendo de tudo o que se precisa
É necessário orar com afinco e emoção 
Prece também é aquela conversa íntima 
Que parte da mente ao coração 

Louva, pede, agradece
Aprenda a usar tão doce refrigério 
Que acalma, tranquiliza e sintoniza
Busca consolo na prece

Nina Lisboa

Arte Divina


Artistas das belezas eternas
Na busca do belo e do bom
São estrelas etéreas 
A levar paz e consolação
Um dia falarão das verdades Divinas
De Deus nas mais altas esferas
Prenúncio de boas novas
Da justiça e equidade na Terra
Mas por enquanto, falais das coisas terrenas e materiais
Dos sentimentos que conhecem
Não poderia ser outro caminho
A arte Divina ainda encontra-se adormecida no Espírito
Podes por ventura falar do amor
Das virtudes e sentimentos
Lembrar do que Jesus ensinou
A arte se aperfeiçoa com o tempo
São pedras a retirar constantemente
Tropeços e vitórias sob os pés
Alegrias e também amarguras
Para que um dia resplandeça a arte pura
Que sua arte seja exemplo por onde passa
A mostrar suavidade, leveza e graça
Nessa existência , ó artistas
Sois estrelas, viajantes da vida
Artistas se reúnem
A formar verdadeiras constelações
Um dia revelarão a arte sublime
No planeta de Regeneração
Nina Lisboa

Fofoca

A língua coça
Açoita e fere
A humildade olha de longe
Comete enganos
Cai, chora e levanta
Não é melhor do que os outros
Onde a perseverança?
Escuta a maledicência
Corrobora e passa adiante
Nem tenta amenizar o fato
Para que melhorar o que está irremediável?
Um vício de agora ou de outras épocas
Que encontra guarita nos corações desavisados
Corte o mal pelo caminho!
Espalhe o bem e a caridade!
Acha-se de bom tom
Não quer perder os amigos
Numa fila longa, a conversa inflama
Folha ao vento perdida
Há companheiros que sua veracidade atesta
Não tomam ciência
Disseminam a maledicência
O que faria Jesus no meu lugar?
A indulgência acolhe, resgata
Colabora com o amor
No seio da fofoca
A dor lateja no ofensor
Nina Lisboa

Arco Íris

Chova na Terra a água abundante da chuva 
Que ela ajude a molhar as plantas 
Para que germinem e frutifiquem 
E absorva os nutrientes tão profundos!

Ah! Chuva Divina!
Infiltre no meu ser gotas suaves
Do amor que invade meu florescer

Chuva tão fina!
Sua garoa inunda minha alma às vezes cansada
Às vezes receosa em não perceber!

Após a chuva
Quem diria!
Arco –iris irá aparecer!

Flores
Pássaros
Chuva na terra
Cheiro de mato!
A natureza perfumou-se tão bela!

Desse encontro querido
Eis que a chuva brinda a sorrir
Não penso em tristeza, em conjunto a beleza
Do amor a retribuir

Nina Lisboa

A visita inesperada


Hoje acordei e vi um brilho diferente
Na maioria das vezes me dão como ausente

Caminham na minha frente, mas não me enxergam, sou invisível
Não é possível que a vida seja tão dura comigo...

Mas hoje vi as pessoas tão alegres, os semblantes mais serenos, menos agitadas. Sorrisos para todos os lados
O que estaria acontecendo que eu não estava sabendo?

Várias endereçavam o sorriso a mim, falavam bom dia, me davam comida e algo para beber
Custei a perceber que data era essa, até olhar uma janela e perceber que era natal

Nunca me enxergaram de perto, todos os dias do ano sou anônimo, porém hoje, observei um sorriso no rosto e mãos em ação

Ah! Se todos os dias fossem assim, e eu não passaria apenas por um simples desconhecido, um pedinte de rua, talvez um mendigo, a espera de um amparo, talvez um abraço

Sou uma criança igual a todas que possui um lar
Tenho desejos iguais a tantos outros, não é só porque moro na rua, que não preciso de uma ajuda sua

Hoje eu ganhei brinquedos, participei de um banquete, vou dormir feliz e satisfeito

Até me falaram de um certo alguém chamado Jesus. Todos se reúnem hoje por causa dele, pois era conhecido como o amor em pessoa, fazia o bem a todos

Na hora de dormir pedi a Deus que esse Jesus me ajudasse, como minha família, a não passar dias tão sofridos

Olhei para o céu e vi uma estrela tão brilhante, a sorrir e estender as mãos para mim, me dizendo para ser forte, que todo sofrimento um dia chega ao fim

Dele vinha tanta luz
Era o amor em forma de estrela
Era Jesus!
Nina Lisboa