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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

 Lágrima


Cai dos olhos como num alívio 

Trazendo conforto à alma aflita


Às vezes, desce num turbilhão 

Noutras, cai devagarinho sem pedir permissão 


Mistura se em vários rostos 

Levando embora todos os desgostos 


Quando é alegre

O olhar brilha, rejuvenesce 


Quando é triste

O corpo inteiro resiste 


Alivia de imediato o coração 

Não dá para prendê- la não...


É beleza cristalina 

Tão pura e límpida...


Como uma cachoeira 

Transborda por inteira 


Cai do céu como chuva 

Desafogando pesada nuvem


Quando volta ao seu recôndido 

Fica aliviada de pronto 


Deus fez como se dissesse:

Chora e acalma, aguarda em prece 


De imediato, te aliviarei 

Pois suas lágrimas, secarei...


Nina Lisboa


terça-feira, 13 de outubro de 2020

 Infância


Um dia em minha infância

Antes até de vocês nascerem

Havia diversas brincadeiras

Como era bom ser criança!


Brincava -se de pega pega

Pique esconde, cabra-cega

Passava o anel na mão

Batata quente, bolinha de sabão


Soltava- se pipa, amarelinha

Elástico com as meninas

Os meninos com seus carrinhos de madeira

Era bem divertido dessa maneira!


Não existia celular, nem tablet

Mas vocês sabiam que ninguém sentia falta?

Brincávamos entre amigos

Ah! que falta me faz àquela época!


Bonecas de louça, maquiagem

Festa do pijama, traquinagem

Corrida do saco, ovo na colher

Quem não quer?


Gibis, livros, desenhos animados

Festa americana, muitas risadas

Ah! Infância querida

Em minha memória, saudades!


Pirulito, saída com os avôs

Patins, parque de diversões

Uma pausa para o lanche

Cachorro quente, maçã do amor


Peteca, portão de casa

Bolinha de gude, papel de carta

Depois de tanto cansar

Bolo de chocolate com guaraná


A roupa suja seguia para lavar

Crianças todas orgulhosas

Olhinhos de bola de cristal

Amanhã, quem vai querer brincar?


Crianças de agora, tens tanto a conhecer

Tantas brincadeiras, como é bom viver!


Brinquem, cantem, alegrem-se

Estejam com seus amigos e afetos

Amem dia após dia

A poesia hoje nos aproxima!


Nina Lisboa


domingo, 11 de outubro de 2020

Caminho íntimo

Caminho íntimo


Nas fileiras da Terra
O sofrimento surge de tela em tela...

Mães chorosas que carregam seus filhos
Pessoas atormentadas, mentes em desalinho

Escuridão no peito, desventuras
Coração sofrido, enfrentando amarguras

A quem recorrer nesses momentos de aflição?
A noite dá lugar à solidão...

Clama para o alto pedindo compaixão
Que os problemas amenizem,  que tragam solução

Depois do temporal, o sol sempre dá sua graça
Envolvendo de esperança, a dizer que tudo passa

A árvore hoje imponente
Há tempos atrás, foi pequena semente

O solo florido e adubado
Já foi pisoteado, encharcado

O caminho é íntimo
O aprendizado, infinito...

Em dias de aflições, provas e amargor
É a vida clamando: Dê mais amor!


Nina Lisboa 

Coruja

 Coruja


De dia, quase ninguém me vê 

Escondo-me em algum lugar 

À noite, meu maior desejo 

É de sair para caçar 


Tenho o olhar profundo 

Com ele alcanço qualquer distância 

Acerto o alvo num segundo 

Pego uma presa de relance


Muitos de mim tem receio

Mas, pura bobagem 

Não conhecem esse meu jeito 

De me esconder na paisagem


Sou ave de rapina 

Com ritual noturno 

Dizem que simbolizo bruxaria 

De meter medo em meio mundo!


Fui cercada de mistérios 

De crendices e superstições 

Sou símbolo do magistério 

Enxergo tudo na escuridão 


Fui reverenciada desde a Pré- História 

E também na Grécia antiga 

Nas guerras, era sinônimo de vitória 

Onde nasceu a Filosofia 


Meu voar é silencioso

Possuo asas especiais 

Tenho a capacidade de girar o pescoço 

Não deixando nada para trás 


Alguns me acham feia

E se assustam comigo 

Às vezes, fico de saco cheio

Sinto-me sozinha...


Hoje porém, ganhei algo singular 

Que veio alegrar o meu dia 

A todas corujas vou levar 

Essa singela poesia


Nina Lisboa 

Prece à Maria

 Prece à Maria 


Rogamos, toda proteção 

A toda humanidade, nesses tempos de provação


De teu doce olhar, queremos desfrutar 

E em teu regato, podermos descansar 


Oh, tu que do calvário 

Compadeceu de teu filho bem amado


Também  compadeça de nós 

Que estamos na lida, sentindo -nos sós


Acalme nosso coração cansado 

De vagar  sem rumo pelas estradas


Sei que não julgarás cada atitude 

Pois conhecemos tua magnitude


Tenha por nós misericórdia 

Em meio a tantas provas... 


Pousa tuas mãos benditas 

Na fronte de todas as mães aflitas 


Interceda por todos filhinhos 

Biológicos ou adotivos

 

Tu , que na Terra foi exemplo Cristão 

Conhece bem de perto o sofrimento de cada mãe... 


Te Peço Maria, amenize nossas dores 

Pois teu coração é todo amor 


Nos dê a calma, a certeza de que tudo passa 

E que em tudo rendamos graças 


Que através dessa oração, busquemos a paz verdadeira

E que nossas lágrimas convertam  em estrelas 


Nina Lisboa

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