Lágrima
Cai dos olhos como num alívio
Trazendo conforto à alma aflita
Às vezes, desce num turbilhão
Noutras, cai devagarinho sem pedir permissão
Mistura se em vários rostos
Levando embora todos os desgostos
Quando é alegre
O olhar brilha, rejuvenesce
Quando é triste
O corpo inteiro resiste
Alivia de imediato o coração
Não dá para prendê- la não...
É beleza cristalina
Tão pura e límpida...
Como uma cachoeira
Transborda por inteira
Cai do céu como chuva
Desafogando pesada nuvem
Quando volta ao seu recôndido
Fica aliviada de pronto
Deus fez como se dissesse:
Chora e acalma, aguarda em prece
De imediato, te aliviarei
Pois suas lágrimas, secarei...
Nina Lisboa