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sábado, 27 de junho de 2020

Estação

Estação

Quando o que nos provoca
Promove desordem
Fica até difícil pensar

Nessa hora melhor esperar
Respirar
Até a tempestade se dissipar...

Quando o que te ataca
Promove um embate
Ficando pesaroso lidar

Nesse momento
Entender que ninguém é perfeito
Saber perdoar

Quando o que nos fere
Promove tristeza
Dor que não supera

Nesse instante lembrar que nesses dias
Esperança é bem vinda
Tempo de recomeçar

Dor que feriu ou fere
Que magoa ou aborrece
Dando lugar à decepção

É só um instante passageiro
Dentro de uma vida inteira
Rumo à nova estação

Nina Lisboa

terça-feira, 23 de junho de 2020

Trovinhas da natureza

Com o coração aflito
Abro a janela e me deparo
Olho em volta, vejo a natureza
Só então me acalmo

Ondas vem e vão
O mar constantemente nos ensina
Que a vida tem altos e baixos
Um dia há tristeza, outro alegria

O perfume da flor
A brisa suave e fresca
O mar com seu frescor
Viva a natureza!

A chuva lava o pranto
Leva a sujeira e o desencanto
Limpa a alma e a atmosfera
Trazendo bem estar para a Terra

O homem abusou de seu poder
O planeta pede socorro
Agora quer parar e reconhecer
Começando tudo de novo

Uma paisagem de rara beleza
Onde nenhum homem é capaz de esculpir
Pode ser destruida com toda certeza
Deixando até de existir

Em noite de sombra e solidão
Olhe para o céu, recorra à oração
Um novo dia descortina
O sol invade a alma e tranquiliza

O universo com suas leis
Tudo funciona perfeitamente
Por trás uma força inteligente
Quem criou, se não foi Deus?

Nina Lisboa

domingo, 21 de junho de 2020

domingo, 7 de junho de 2020

Comunhão Divina

Comunhão Divina

Uma vez em sonho
Fui levada para um lugar muito longe

Uma paisagem inacessível na Terra
Onde a natureza se faz mais bela

Não havia lugar para a tristeza
A natureza mostrava sua verdadeira realeza

Cheguei e me tomei de assalto
Vi alegres bando de pássaros

Beija flores em cada flor
Borboletas de várias cores

Vieram me saudar
Abelhas, rouxinóis, bem te vis
A mostrar que não estava sozinha ali

O horizonte tinha uma cor indefinível
As nuvens vez por outra se escondiam

O sol tão mais radioso
Banhava meu corpo, trazendo conforto

Deparei me com imensa cachoeira
Cheguei de perto, bem na beira

Senti a água fresca tocar meus pés
Fiquei ali olhando bem de perto o céu

Tudo naquela paisagem muito nítido
Nunca tinha visto algo tão lindo!

Meditei na Terra e no sofrimento humano
Porque muitos com nada e poucos com tanto?

Uma amargura enfim veio
Enchendo me de angustia em cheio

De repente alguém me deu a mão
Pediu para acompanhá la desde então

Seguimos por tão belo jardim
Um sabiá de relance, pousou em mim

Conversamos lado a lado
E a amargura foi indo embora de fato

"As misérias da vida fazem parte de uma provação
Estamos na Terra uns aos outros para ampararmos cada irmão

Um dia não será mais preciso guerras nem sofrimentos
Todos estarão lado a lado fraternalmente

A natureza está ao alcance de todos nós
Seguindo seu exemplo não estaremos a sós"

A noite caia de mansinho
E eu comecei a sentir doce brisa

A natureza me deu valiosa lição
A nunca desistir, mesmo que tudo vá na contra mão

Tudo na vida passa
Aprendamos em cada momento render graças

As estrelas cintilavam mais nítidas...
Percebi o Universo em perfeita Comunhão Divina

Nina Lisboa