Arte rediviva
Escuta, alma querida
Na sombra ou na dor
Enxuga tuas feridas
Leva bênçãos aonde fores
Se malbarataste a vida
Querendo fugir dos compromissos
É hora de, como artista,
Alçar novos voos ao infinito
Bem sei que ainda sofres
Sentes falta dos aplausos
Mas, eis que, do nada, a morte
Transforma- te, erguendo -te dos passos falsos
Continua abrilhantado os caminhos
Daqueles na retaguarda
Não faças da tua arte espinhos
Dê a mão aos outros na jornada
Tanto tempo estás à procura de abrigo
Teu coração também procura consolo
Observa que existem amigos
A te oferecerem conforto
Por hora, esquece o passado
Faça sua tua vida feliz
Tua alma ainda cansada
Busca uma diretriz
Agora, alma querida
Não te entristeças
Vê a vida que pulsa ainda
Olha em volta, ergue a cabeça!
Não mais a alegria efêmera
Nem honras, nem glórias
Agora uma nova chance te acena
Mudando o rumo de tua história
Usarás a arte em tua própria evolução
Dando a mão a ombros amigos
Que em teu gesto desatino
Deixastes na escuridão
Farás tudo diferente
Os benfeitores te ajudarão
Estarão ao teu lado novamente
Para que não percas tua encarnação
Ainda há tempo
De voltar e recomeçar
A missão surgida há algum tempo
Deverás continuar
Lágrimas verterāo do rosto
Auxílios sem mérito, desaparecerão
Terás uma vida com desgostos
Mas a arte será tua redenção
Volta! Faça da arte tua aliada
Vivencia, revive com amor
A luz guiará teus passos
A arte te aproximará do Criador
Nina Lisboa