Coruja
De dia, quase ninguém me vê
Escondo-me em algum lugar
À noite, meu maior desejo
É de sair para caçar
Tenho o olhar profundo
Com ele alcanço qualquer distância
Acerto o alvo num segundo
Pego uma presa de relance
Muitos de mim tem receio
Mas, pura bobagem
Não conhecem esse meu jeito
De me esconder na paisagem
Sou ave de rapina
Com ritual noturno
Dizem que simbolizo bruxaria
De meter medo em meio mundo!
Fui cercada de mistérios
De crendices e superstições
Sou símbolo do magistério
Enxergo tudo na escuridão
Fui reverenciada desde a Pré- História
E também na Grécia antiga
Nas guerras, era sinônimo de vitória
Onde nasceu a Filosofia
Meu voar é silencioso
Possuo asas especiais
Tenho a capacidade de girar o pescoço
Não deixando nada para trás
Alguns me acham feia
E se assustam comigo
Às vezes, fico de saco cheio
Sinto-me sozinha...
Hoje porém, ganhei algo singular
Que veio alegrar o meu dia
A todas corujas vou levar
Essa singela poesia
Nina Lisboa
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