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domingo, 11 de outubro de 2020

Coruja

 Coruja


De dia, quase ninguém me vê 

Escondo-me em algum lugar 

À noite, meu maior desejo 

É de sair para caçar 


Tenho o olhar profundo 

Com ele alcanço qualquer distância 

Acerto o alvo num segundo 

Pego uma presa de relance


Muitos de mim tem receio

Mas, pura bobagem 

Não conhecem esse meu jeito 

De me esconder na paisagem


Sou ave de rapina 

Com ritual noturno 

Dizem que simbolizo bruxaria 

De meter medo em meio mundo!


Fui cercada de mistérios 

De crendices e superstições 

Sou símbolo do magistério 

Enxergo tudo na escuridão 


Fui reverenciada desde a Pré- História 

E também na Grécia antiga 

Nas guerras, era sinônimo de vitória 

Onde nasceu a Filosofia 


Meu voar é silencioso

Possuo asas especiais 

Tenho a capacidade de girar o pescoço 

Não deixando nada para trás 


Alguns me acham feia

E se assustam comigo 

Às vezes, fico de saco cheio

Sinto-me sozinha...


Hoje porém, ganhei algo singular 

Que veio alegrar o meu dia 

A todas corujas vou levar 

Essa singela poesia


Nina Lisboa 

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