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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Perdão





Dentro de nós surgem sentimentos 
Que vão nos consumindo com o tempo 
Trazendo pesar, angústia e dor 
Afastando pouco a pouco o amor
Deflagram-se até por descuido 
Uma conversa desfeita, um ciúme 
Um olhar atravessado, uma palavra mal dita 
Vendamos os olhos, fechamos a cortina
Passa-se a vida em função do outro 
A ter raiva, mágoa e desgosto 
A vida vai perdendo o sentido 
Onde o perdão, que agora seria bem-vindo?
Na cegueira de sermos melhores 
O orgulho comumente encobre 
Deixamos passar a oportunidade 
De reconciliação com o adversário
“O que dirão aqueles ao me virem perdoar? 
Vão me julgar, apontar 
Não levo desaforo para casa 
Do jeito que está não pode ficar!"
O perdão que não foi resolvido 
Aqui ou além da vida 
Será um incômodo, um entrave 
Na busca de nossa liberdade
Cada ato, cada gesto 
Será sempre levado a sério 
Há sempre uma cura, um remédio 
Nem tudo está irremediável por completo
Desvencilha-te das amarras, dos melindres 
Das vaidades, dos deslizes 
Somos centelhas Divinas 
A evolução será nosso guia
Para termos a mente tranqüila 
Pensarmos no que dizia o Cristo 
Perdão infinito 
Enquanto estamos a caminho
Nina Lisboa

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