Ao pé da cruz
À sombra do despenhadeiro
Distantes da luz
Caminham tristes companheiros
Não andam, rastejam e blasfemam
Cenário doloroso
Carregam pesadas algemas
Onde o olhar piedoso?
"Quem olhará por nós "?
Um deles grita sem ninguém escutar
Angustiados e a sós
Alma em frangalhos a questionar
De quando em quando, dor e alucinação
Mente em eterno tormento
Mãos estendidas rogando perdão
Num céu duro e cinzento
De repente, um clarão se aproxima
Esperança, desespero, clemência
Benfeitores de fronte tranquila
Prontos a ajudar aos doentes
A misericórdia divina os auxilia
Cuida das dores da alma
E do charco sombrio
Pensa as feridas com calma
Um olhar doce ao fitar
Eis que um responde:
"É Jesus a nos chamar"!
Por favor, não nos abandone!
Dia após dia, o trabalho continua
Servos humildes no trabalho do Cristo
No serviço da compaixão que ajuda
Granjeiam bênçãos ao infinito
Descansem agora meus filhos
Recebam a paz nos corações
Estamos aqui como amigos
Na busca da árdua ascensão
Nina Lisboa
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