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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Árdua ascensão



Ao pé da cruz
À sombra do despenhadeiro
Distantes da luz
Caminham tristes companheiros

Não andam, rastejam e blasfemam
Cenário doloroso
Carregam pesadas algemas
Onde o olhar piedoso?

"Quem olhará por nós "?
Um deles grita sem ninguém escutar
Angustiados e a sós
Alma em frangalhos a questionar

De quando em quando,  dor e alucinação
Mente em eterno tormento
Mãos estendidas rogando perdão
Num céu duro e cinzento

De repente,  um clarão se aproxima
Esperança,  desespero, clemência
Benfeitores de fronte tranquila
Prontos  a ajudar aos doentes

A misericórdia divina os auxilia
Cuida das dores da alma
E do charco sombrio
Pensa as feridas com calma

Um olhar doce ao fitar
Eis que um responde:
"É Jesus a nos chamar"!
Por favor,  não nos abandone!

Dia após dia, o trabalho continua
Servos humildes no trabalho do Cristo
No serviço da compaixão que ajuda
Granjeiam bênçãos ao infinito

Descansem agora meus filhos
Recebam a paz nos corações
Estamos aqui como amigos
Na busca da árdua ascensão

Nina Lisboa


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