Criança

Aos nove meses no ventre
O ser já se faz presente
Pressente que é amado
E espera com carinho o momento de vir ao mundo e conhecer seus pais no momento oportuno

Vai crescendo e imaginando como será sua vida daqui há dez ou vinte anos...

Se cresce numa família harmoniosa
Desenvolve- se com maestria
Tem alegria no modo de agir
Criança que encanta a todos com sua presença acolhedora

Mas se cresce num lar desequilibrado, com pais desavisados da tarefa de educar
Não entende algumas questões, não foi ensinada a amar
Cresce com desajustes e torna-se criança ignorada e rejeitada

Olhe com ternura a criança que passa
Seu comportamento pode ser o retrato de uma infância infeliz e sem cuidados
Não escorraçe a criança que quer seu abraço, que é carente
Ela sente que nunca foi amada por alguém
Porque não fazer a alegria de uma criança refém do medo e descrença?

Quando a sociedade olhar com bons olhos as crianças órfãs, abandonadas
Teremos menos jovens desajustados, sem compromisso com a vida
Carentes de todo tipo de afeição, passando privações que você nem sequer imagina...

A criança perdida que não sabe o rumo de sua história
Merece cuidados, uma família feliz, com pais generosos

Quanta ternura nos inspiram!
Seu interior é de uma pureza e ingenuidade jamais vistos
É flor a desabrochar, que merece ser regada com solicitude, amparo e carinho

Criança!
Em seu caminho pode haver dor e rejeição
Não cale a voz do seu coração
Seu sorriso, sua pureza, chama-nos a atenção

Brinque, cante, leve a vida com encanto
Não permita que nada roube seu amor e esperança
Já fomos crianças e éramos felizes
Mas esquecemos disso

Não deixe que nada triste tire seu sorriso tão bonito
Mostra-nos esse amor jovial, desprovidos de egoísmo e orgulho que os adultos esqueceram nesses tempos atuais

Mostra-nos com seu exemplo que podemos ser bem melhores, como na infância
Ensina-nos a sermos crianças!

Nina Lisboa